sexta-feira, 6 de maio de 2011

Confissões e lamentos de um saco plástico


Eu estava bem na minha quando me utilizaram. Colocaram os produtos do mercado dentro de mim e eu desempenhei meu papel perfeitamente bem! Não arrebentei, não machuquei, nada!

Eis que resolveram me jogar no chão num dia de vento fortíssimo.

Voei por aí e rolei no pelo chão, sem rumo algum.

O tempo fechou, veio a chuva e saiu me carregando junto com ela. Primeiro me prendeu ao chão e foi me levando para onde ela bem queria.

Até que ela resolveu me deixar num bueiro qualquer, e lá acabei encontrando muitos amigos com histórias bem parecidas com a minha!

Nós tomamos conta do bueiro e dificultamos a chuva de entrar nele. Mas a culpa não foi nossa! Éramos tantos uns em cima dos outros, que não conseguíamos sair daquele bueiro e deixar a água da chuva entrar lá.

Resultado: tantos outros saquinhos sofreram igual a mim em milhares de bueiros pelo Brasil. Atrapalharam a chuva de seguir o seu curso e a água dela foi enchendo as ruas, criando quase que um mar de água de chuva.

Muitas pessoas devem ter contraído doenças, perdido alguns móveis dentro de casa, pois a enchente tornou-se gigante!

Eu, um simples saquinho, criei um estrago que nem sabia que poderia criar. Vi que faço a diferença, mesmo parecendo que não.

Mas eu não queria nada disso! Eu aceitaria numa boa ser jogado na lixeira corretamente e não causar dano nenhum à população.

2 comentários:

  1. Pena que nem todo mundo pensa assim como você, o nosso mundo tornou-se desumano até com o próximo, imagine com um simples saquinho plástico, e cada dia que passa pior fica, um saquinho faz sim toda a diferença, o que custa jogar ele no lugar certo?
    Abraço

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