quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
É aquela história: não adianta dar um passo para frente e três para trás, desse jeito podemos até chegar em algum lugar, mas vamos demorar tempo demais sem necessidade.
O que precisamos na maioria das vezes é coragem para dizer NÃO ao que nos atrasa. E essa coragem é a parte mais difícil de conseguir.
Acontece que chega uma hora que a gente simplesmente cansa de andar para trás, para os lados, para qualquer ângulo, menos para frente.
Então ficamos empanzinados de tanta porcaria e acabamos tomando coragem para dizer um grande e sonoro "vai tomar no cu" para tudo aquilo que está nos estagnando ou nos atrasando.
E quando isso acontece, quando você se vê livre de tudo de ruim, você sente uma paz e fica se perguntando o porquê de não ter feito isso antes.
Mas se você é meio indeciso como eu, não adianta querer forçar. Eu cansei, tentei, me desesperei. Mas a minha hora chegou, e eu simplesmente desisti.
Porque mesmo que a palavra "desistir" tenha um peso enorme, desistir de alguma coisa nem sempre é ruim.
Você só precisa saber se vai desistir do que está acostumado, mas não te faz bem, ou se vai ignorar (e desistir sem tentar) aquilo que pode mudar a sua vida de uma vez por todas.
E como disse o grande Caio Fernando Abreu: "Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz e não volto!"
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Eu só queria saber por que nós, o futuro do país, somos tratados de um jeito desanimador.
Quem estuda na rede estadual (me refiro ao Rio de Janeiro, mas acredito que muitos outros estados passem pela mesma situação) sabe o que eu estou falando. Se ocorre algum problema, somos empurrados de lá para cá, ninguém tem boa vontade em nos atender de um jeito digno e decente e ver qual é o nosso problema, tentar resolvê-lo. E o mais cômico de tudo é que eles ganham um salário para isso.
Sinceramente, do jeito que esse governo não está nem aí para a educação, não me admira que o Rio, um dos “maiores” e mais “importantes” em vários fatores no Brasil está a frente somente do Piauí em educação.
Desanima estudar nesse lugar, somos tratados como qualquer coisa. As pessoas não tem motivação para ir à escola. Somos tratados como animais desde o motorista do ônibus até a diretora da escola.
Colocar ar-condicionado, reformar a escola e dar cartões novos não quer dizer nada para mim.
Não reclamo dos meus professores, todos são ótimos e tem o seu crédito devidamente debitado. Mas, reclamo é da administração das escolas, das pessoas que são diretamente ligadas com o governo.
E o mais engraçado é que todas as escolas públicas que eu estudei são assim!
É desesperador saber que quase nada que é público é de qualidade.
Por isso é que eu tenho tanta vontade de sair daqui do Rio. Não aguento mais esse descaso todo e eu não poder fazer nada. Minhas reclamações entram em um ouvido e saem no outro.
Como vocês esperam que nós sejamos o futuro do estado, do país, seja lá do que for, se somos tratados desse jeito? Somos seres humanos como vocês, morreremos do mesmo jeito e iremos para o mesmo lugar. Somos todos iguais independente de classe social, idade ou qualquer outra coisa. Temos os mesmos direitos. Não somos piores só porque não temos condições de pagar mensalidade em um colégio. Então parem de tratar-nos como se fôssemos qualquer coisa.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Sabe quando você se sente diferente das pessoas a sua volta e ninguém te entende?
Eles falam sobre o capítulo da novela de ontem, e você fala dos problemas políticos no Brasil.
Eles ouvem Cine, você ouve Engenheiros do Hawaii.
Ninguém quer compartilhar o fone com você, ninguém quer falar sobre o assunto.
Você se sente estranho, mas na verdade, quem é estraho aqui?
Se ir contra as modinhas e futilidades que a mídia empurra para a nossa cabeça é ser estranho, prazer, sou a estranheza em pessoa!
Me recuso a aceitar essas coisas que só vão alienar o meu cérebro.
Me recuso a falar sobre assuntos que não dizem respeito ao meu futuro, ao meu bem estar. Me recuso a falar sobre assuntos que vão me deixar cada vez mais animal.
Se todos os adolescentes de hoje fizessem pelo menos um pouco disso, hoje as bandas se inspirariam no Cazuza, Legião e em outros mestres da MPB, e não tem bandinhas de meia hora dos EUA.
Só quero saber até quando essa alienação vai continuar.
Sabe? Acordar para a vida é bom, eu recomendo.