E eu me pergunto: onde foram parar os príncipes encantados? Onde foi parar a poesia? O romantismo? As flores? As serenatas de amor?
De quem é a culpa? Dos homens?
Não concordo.
Na minha opinião, a culpa, em grande parte, é das mulheres. Essas, que não sabem se valorizar, não mais. Essas, que dão em cima descaradamente de um homem comprometido. Essas, que não fazem a menor questão de mostrar suas qualidades internas, gostam de mostrar o tempo todo o quanto tem a oferecer, mas por fora.
Mulheres que viraram objeto. Sim, a palavra é essa mesma, objeto! E digo mais: descartável. Ou, talvez, reutilizável.
Não fazem mais questão de serem amadas. Estão satisfeitas apenas com serem desejadas.
O respeito não é mais importante, elas não fazem questão. Romantismo? Para quê? O negócio é ser desejada por todos. Desejada, bem diferente de amada, repito.
Hipocrisia dizer que os homens não prestam, quando na verdade, quem deixou tudo isso acontecer foram as próprias mulheres. Permitiram que o romantismo acabasse, que o respeito acabasse. Jogaram e pisotearam a própria auto-estima, ficaram satisfeitas com pouco.
Não idealizam mais o “cara perfeito”, e quando idealizam, ele tem mais músculos do que cérebro. Ele, na maioria das vezes, é um troglodita, grosso. Mas se for bonitinho, já está bom para elas.
Diante de toda esta situação, minha indignação chega ao seu ápice quando aquela mulher vulgar, de roupas vulgares e linguajar inadequado diz que não consegue encontrar o homem perfeito, o príncipe encantado. Talvez ele já tenha passado diversas vezes ao seu lado, ou até mesmo tenha olhado para você com uma ponta de paixão ou interesse. Mas você estava ocupada demais olhando para os caras musculosos que te tratavam como um objeto, os lobos disfarçados de príncipes.